Afonso Pimentel
“Está a ser muito bom ser pai”

Famosos

Ator vive um dos melhores momentos da vida

Sex, 18/01/2013 - 0:00

 Assistiu e filmou o parto da namorada, Liliana Leitão, quando esta deu à luz o filho de ambos, Gabriel Noa, a 19 de outubro do ano passado. Ou não fosse Afonso Pimentel um apaixonado por realização. Paixão que hoje divide com o bebé, que é o menino dos seus olhos. O ator, que interpreta o malvado Miguel, na novela Doida Por Ti, da TVI, garante que está a ser fácil gravar a história apesar de ansiar pelo final do dia para ir para casa “trocar a fralda ao bebé, dar­–lhe banhinho e vê-lo a mamar”.

VIP – É difícil ser um vilão?
Afonso Pimentel – Eu gosto muito deste Miguel, porque nunca tinha feito um vilão clássico numa novela. Acho que é difícil tentar fazer com que tudo o que ele faz não seja previsível. O difícil é tornar as personagens verdadeiras.

Já tem um feedback do público?
Honestamente, nesta fase não tenho circulado muito, porque estou numa fase de reclusão também por causa do meu filho. Acabo por não ter muito tempo para andar em “Colombos” e assim.

Foi pai há pouco tempo. Como é que consegue gerir tudo?
Nós achamos sempre que não conseguimos ter mais trabalho, mas a verdade é que consegues sempre tempo para tudo de forma equilibrada. Agora se consigo ir para a cama sem mudar a fralda ao meu filho, sem lhe dar banhinho, sem o ver a mamar? Não consigo.

Por ser um dos protagonistas da história, não sente que está a perder os melhores momentos do seu filho?
Não, porque na primeira semana estive em casa. E há um cuidado: quando as cenas estão atrasadas eles avisam-me para ficar em casa. Mas se tenho saudades dele quando estou fora? Tenho! Mas está a ser muito tranquilo.

Ser pai é fantástico?
Está a ser muito bom!

Sendo um vilão suponho que o Miguel não tenha muita coisa em comum com o Afonso Pimentel?
Não sei (risos)… Nunca tento criar uma personagem com base naquilo que não sou. Tento pôr muito de mim nas personagens. Memórias ou emoções minhas. Há uma diferença muito grande entre mim e o Miguel: ele é um tipo completamente sem escrúpulos.

Esteve algum tempo sem ser ator. Esteve a trabalhar como realizador. Como está a ser voltar e porquê o regresso?
Está a correr bem. Na minha vidas as coisas têm acontecido um bocado por acaso e eu tento sempre aproveitar as oportunidades que acho que são interessantes. Mas não pensei “agora vou ficar dois meses parados a realizar e depois volto a ser ator”. Até porque a instabilidade é tão grande que não sabes quando vais voltar a ter um projeto. Mas sem dúvida serve para “limpar” a cabeça, para olhar para as coisas de outra forma. E é muito bom estar agora a gravar tendo a noção da parte técnica.

Sente que é um ator diferente por ter passado pela realização?
Diferente do que era, sim. Diferente dos outros, não. A mim ajudou-me muito ter sido realizador, porque é preciso uma atenção muito grande para perceberes onde estás, para te mexeres no cenário. Mas o gozo de ser ator é ser dirigido e soltares-te.

Como é que surgiu a ideia de ser ator?
Eu inscrevi-me no meu primeiro casting porque queria ser realizador. Depois comecei a trabalhar como ator e gostei. As coisas foram-me aparecendo. Eu comecei a trabalhar na Plural porque o André Cerqueira ligou-me, de forma inusitada, a dizer que sabia que eu tinha estado a trabalhar na Endemol como realizador e convidou-me para estagiar na Plural. E as coisas surgiram um pouco por convite. Eu não realizei nenhum projeto que não quisesse realizar e não aceitei nada que não quisesse fazer.

Se amanhã lhe dissessem: tem de escolher ser ator ou realizador. O que dizia?
Dizia “rebenta a bolha”! (risos). Não conseguia decidir.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Paula Alveno

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