Fernando Pinho
Ele viveu 30 dias em 11 aeroportos

Nacional

Produtor de teatro, tem o sonho de conseguir levar assistência humanitária a quem dela mais precisa, através de transporte aéreo

Ter, 30/06/2015 - 10:12

O que leva um gestor de projetos de São João da Madeira, que começou a carreira na Sonae, a tornar-se mentor de uma iniciativa que pretende ajudar milhares de pessoas carenciadas? Fernando Pinho sempre foi apaixonado por teatro e em 2006 decidiu ir para Londres, onde se licenciou na área e tornou-se produtor.

“Um artista é, acima de tudo, um humanista”, diz Fernando, ao explicar-nos o que é o The Amélia Project. “Ficamos mais expostos aos problemas e desafios da nossa sociedade. Não podia ficar indiferente. Quando me perguntei o que poderia fazer para ajudar a mudar nem que fosse apenas uma vida, lembrei-me de uma paixão antiga que tinha, a aviação, e depois de muitas conversas com dezenas de ONG, apercebi-me que existia uma carência enorme no apoio aéreo a missões humanitárias.”

E assim surgiu o The Amélia Project, uma organização sem fins lucrativos que pretende ajudar a mudar vidas através da oferta de transporte aéreo gratuito a pessoas carenciadas, doentes ou a organizações não-governamentais que requerem voos como parte integrante das suas missões.

“O projeto começou a ser pensado em 2013”, refere Fernando Pinho, continuando: “O ano seguinte foi de apresentação do projeto a outras organizações e a potenciais parceiros. No final de 2014, o projeto tornou-se oficialmente uma ONG registada em Inglaterra.”

Para dar a conhecer a iniciativa e angariar os primeiros patrocínios, Fernando Pinho lançou-se no ano passado numa original campanha de crowdfunding, intitulada “60 dias, 60 aeroportos”. Durante metade desse tempo, o produtor teatral viveu unicamente em 11 aeroportos europeus: “Todos os dias tinha um objetivo de angariação de fundos para atingir. Uma vez alcançado, o público escolhia o aeroporto para onde eu iria no dia seguinte. Durante o desafio, não podia sair dos aeroportos, forçando-me a dormir dentro dos terminais.”

Texto: Luís Peniche; Fotos: DR

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