Paolla Oliveira E Malvino
“Divertimo-nos muito a trabalhar juntos”

Famosos

Os protagonistas
da novela da SIC Amor à Vida

Qui, 06/02/2014 - 0:00

Eles são o par romântico de Amor à Vida, a novela brasileira que a SIC exibe todas as noites. Na história, o casal vive um grande amor, mas com muitos obstáculos pelo caminho. Na vida real, Malvino Salvador tem 39 anos e 20 de carreira. Na novela da SIC, ele é Bruno, um homem que roubou um bebé do hospital para educar como sua filha. Paolla Oliveira tem 31 anos e é também um rosto conhecido dos portugueses.

Na história, ela dá vida à médica Paloma, que se apaixona por Bruno sem saber que ele é o pai de Paulinha, a filha que lhe foi roubada no hospital. Ficção à parte, os dois são grandes amigos. Já trabalharam juntos na novela O Profeta e garantem que se divertem muito nos intervalos das gravações. A atriz começou por trabalhar como modelo, aos 17 anos. Depois, estudou Fisioterapia na universidade, mas o amor à representação falou mais alto. Ela namora com Joaquim Lopez.

Ele está recém-separado de Sophie Charlotte, depois de três anos de namoro, mas revela que já tem uma nova paixão. “Estou namorando. O nome, eu não irei revelar”, afirma. No Brasil, os dois atores falaram em exclusivo para a VIP.

VIP – Depois de tantos trabalhos de peso nas novelas da Globo, Bruno é o seu primeiro protagonista. Está a gostar deste personagem?
Malvino Salvador – Estou e ele exige muito de mim. A concentração tem de ser total. É assim que tenho procurado fazer o meu trabalho ao longo dos anos. Já fiz sete novelas, mas este foi o meu primeiro protagonista no horário nobre e não é nada fácil. Há muita pressão. Acho que tem corrido tudo bem e não mudaria nada no perfil dele. O Bruno tem uma personalidade muito fácil, porque ele é objetivo, sabe o que quer, tem tudo muito bem definido em relação à vida que quer.

Com todas as dificuldades que a Paloma enfrenta em Amor à Vida, e que a faz derramar rios de lágrimas, acha que ela é a personagem mais difícil da sua carreira?
Paolla Oliveira – Pelo sofrimento, não, porque todas as minhas heroínas sofreram muito, mas cada uma de uma maneira diferente. Em O Profeta, eu sofria muito, mas era uma história de época. Nesta novela, as pessoas sofrem pelo que elas são. Existe um grande vilão por trás de tudo, que é o Félix, mas não é ele o causador de todos os males. Acabei de gravar cenas em que a Paulinha quer o pai biológico, apesar de tudo o que ele fez.

A própria Paloma também age como vilã…
PO – Sim, sim. Foi quando soube que a Paulinha era a sua filha. Ela tira a menina ao Bruno e leva-a para sua casa. Paloma fica apavorada ao pensar que foi o Bruno quem lhe roubou a filha. Por tudo isto, e pelas situações vividas, acho que esta é uma novela muito contemporânea.

Malvino, o que mais admira no Bruno, o seu personagem?
MS – O que admiro no Bruno é sua integridade, honestidade e a entrega nos sentimentos dele.

Acha que tem algo a ver com o Bruno?
MS – Não costumo fazer muito paralelos entre personagem e ator. Quando componho o personagem, trabalho muito em cima do que o autor nos dá e depois tento criar alguém que seja único, que não se pareça com nenhum outro. Em alguns momentos, concordo com as atitudes do Bruno, mas outras vezes, não.

Acha que Paloma deveria vingar-se de Félix? Gostaria dessa vingança?
PO – (risos) Uma grande reviravolta no comportamento dela, e que as pessoas gostaram muito no Brasil, foi a “surra” que a Paloma deu à Alejandra. As pessoas esperam que haja vingança. E eu acho que vai haver. Acredito que o Walcyr [Carrasco] não vai deixar isso para o último capítulo. A novela é muito ágil, há muita coisa para acontecer. Mas, mesmo assim, tudo o que ela lhe fizer de mal – interná-lo no hospício, como ele lhe fez, ou sequestrar a pessoa que ele mais ama, a mãe – ainda vai ser pouco.

Está ansiosa para saber o que ela vai fazer?
PO – Sim, tal como o público, eu também estou ansiosa. E também poderia até acontecer ela perdoá-lo… porque não? A Paloma fica sempre entre o sofrimento do coração e a força que tem.

O perfil psicológico do Bruno é interessante para um ator?
MS – É, claro. Ele tem uma personalidade muito forte, no sentido de ser muito convicto em tudo aquilo em que acredita. É verdadeiro, correto, tem uma postura honesta. O Bruno não vive de ilusões. Ele luta pelo que quer ter. Acho-o um personagem muito interessante.

E qual o ponto fraco do personagem?
MS – É um pouco passional nas atitudes, principalmente quando se trata das relações afetivas. Com a filha e, depois, com a Paloma e a família. Mas repare: ele passou por uma grande tragédia na vida, ao perder a mulher e a filha no parto. E depois reencontra o amor, mas a relação é complicada.

Está prevista uma mudança no perfil dele?
MS – Sim, vai haver muitas situações em que o Bruno terá de rever os seus conceitos. E é bom ver tudo isso a acontecer, porque o público vai ver que, por causa das pessoas que ama, e para não as perder, ele vai ser capaz de passar por cima dos próprios sentimentos. Tudo para não fazer mal à filha.

Paolla, esteve em Lisboa na época de Insensato Coração, que também fez muito sucesso em Portugal. Está contente pelo facto de esta novela também ser um sucesso em Portugal?
PO – Acho maravilhoso! Eu sempre fui muito bem recebida pelos portugueses. Desde a novela Belíssima, aliás. Sempre fui muito bem acolhida também pelos colegas das novelas que fazem sucesso lá. E o que eu gostaria de transmitir ao público português é que esta novela tem um sabor muito especial.

De que forma?
PO – O sucesso da novela deve-se ao ambiente dentro do estúdio. O relacionamento com os colegas de elenco não poderia ser melhor. Dou-me muito bem com o Malvino, a Clarinha, a Susana, o Mateus. E também temos um bom relacionamento com a equipa técnica.

Como é trabalhar com o Malvino Salvador?
PO – É de parceria mesmo. Nós gostamos muito de gravar juntos.

Também já tinham trabalhado juntos…
PO – Sim, já tínhamos trabalhado juntos em O Profeta, mas a minha história não se cruzava com a dele. Portanto, foi uma descoberta muito agradável. Rimo-nos muito e posso garantir que a gente se diverte a gravar juntos.

Na sua opinião, o que fez a Paloma apaixonar-se pelo Bruno, uma vez que ela tinha tido uma história de amor tão forte com Ninho, o ator Juliano Cazarre?
PO – Acho muito feminino isso de querer coisas diferentes ao mesmo tempo, conquistar coisas opostas. Mas as mulheres são assim, não é? O que fez com que a Paloma gostasse do Ninho foi a paixão pela liberdade. Mas, passados 12 anos, ela viu que a vida não podia ser só aquilo e ansiava por raízes, segurança, proteção. E o Bruno deu-lhe isso

. E a Paolla, depois de ter chegado ao Rio, há cerca de dez anos, deixando para trás toda uma outra vida profissional, em São Paulo, e depois de ter feito tanta novelas, também se sente mais madura?
PO – Sinto, e muito! E passa tudo tão depressa… A minha filosofia de vida é viver o agora. Todos os momentos da minha vida e da carreira vivo-os mesmo intensamente. Sempre tive vontade de aprender e procuro fazer essa aprendizagem em cada papel. Cada um foi um desafio diferente. Sinto-me mais madura. Acho que estou a começar a ficar velha, agora…

Velha?!
PO – (risos) Sim, já tenho 31 anos! É já bastante… Quando cheguei ao Rio, era uma menina e não sabia nada da vida. Antes, morava na casa dos meus pais em São Paulo. O meu amadurecimento foi geral, em paralelo com a carreira na Globo. Conquistei experiências no meu trabalho, na minha vida pessoal…

Já está rica?
PO – Não dá para tanto. Mas construí a minha casa, tal como eu a queria, e construí relações firmes. Mas tenho saudades da minha família.

Surpreende-se com a sua coragem?
PO – Hoje, quando olho para trás e recordo a vida calma que eu tinha quando era fisioterapeuta, penso: “Nossa, quanta coisa eu já fiz!” Fico feliz por tudo o que já alcancei.

E o Malvino como está a nível sentimental?
MS – Eu estava bem sozinho, mas apareceu outra pessoa e também está a ser maravilhoso. Ninguém vive para ficar sozinho. O ser humano está sempre a procurar alguém que o complete. Mas, independentemente de estar a namorar ou solteiro, procuro estar sempre bem comigo mesmo. Sempre soube isso, desde pequeno: quem quer ser feliz tem de correr atrás da sua felicidade, do seu sonho. E há muitas coisas que me fazem feliz.

Como por exemplo?
MS – Procuro tudo o que me faz feliz, para me dar alegria a mim mesmo. Porque só assim, satisfeito e realizado, é que a gente pode fazer uma outra pessoa feliz também. É preciso aceitar as diferenças e nunca cobrar ao outro aquilo que ele não te pode dar.

A Paolla não pensa em casar e ter filhos?
PO – Só respondo a essa pergunta porque é para Portugal, ok? Não tenho uma regra na vida acerca do que tenho de fazer. E em relação a isso também não. O casamento está incluído na minha forma de pensar, mas vou viver um dia após o outro e deixar que aconteça. As pessoas perguntam-me acerca do casamento e dos filhos só porque eu já fiz 30? As coisas têm de acontecer de forma natural. Eu não tenho isso assim estruturado e definido na minha cabeça. Estou muito focada no meu trabalho, ainda quero aprender muitas coisas e preciso de estar livre para isso.

Gosta dessa sensação de liberdade?
PO – Sim, não gosto de planear as coisas. Ainda quero fazer muitas viagens com o meu namorado, pois adoramos viajar.

E como está o relacionamento com o Joaquim Lopez?
PO – Estou “casada” e estou feliz! Não acho que seja necessária uma cerimónia. E em relação aos filhinhos, aquilo que posso dizer é que eles vão ter de esperar mais um pouquinho.

Texto: Mônica Soares; Fotos: Robson Moreira e DR

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