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Disputa galãs portugueses

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“Portugas” rivalizam entre si nas redes Globo e Record e arrancam suspiros às mulheres brasileiras

Qui, 27/09/2012 - 23:00

 Os três atores portugueses chegaram, viram e venceram em terras de Vera Cruz! Gonçalo Diniz, Paulo Rocha e Ricardo Pereira apostaram numa mudança para o Brasil e, desde então, têm somado sucessos.

Além do talento que lhes tem garantido trabalho, os três “portugas” rivalizam também na beleza – as brasileiras renderam-se de imediato ao nosso “produto nacional” – e nos canais de televisão: Paulo Rocha e Ricardo Pereira têm contrato com a Rede Globo e Gonçalo Diniz com a Rede Record. E é precisamente este que reclama para si a antiguidade nas novelas brasileiras. “Eu não quero entrar nessa de dizer que estou cá há muito mais tempo porque pode parecer ostentação e não tem nada a ver. Até costumo dizer a brincar que, na época em que vim, o Ricardo Pereira ainda era um adolescente e eu já fazia a Malhação”, disse, bem-disposto, durante o lançamento da novela Balacobaco, da Record, falando também sobre o recém-chegado Paulo Rocha: “O próprio trabalho falará por si. Torço para que o Paulo solidifique o trabalho dele na Globo e o Ricardo também. E estamos todos aí, na mesma profissão apenas. Somos todos atores em busca de bons trabalhos”, rematou. Candidato a ser um dos galãs de Balacobaco, e apesar de estar a fazer a sua estreia na Record, já conquistou fãs dentro da equipa de produção da novela. Durante a apresentação das cenas do primeiro capítulo, quando surgiu nas imagens, foi muito aplaudido e ouviram-se “gritinhos” ao fundo.

Estou feliz aqui na Record, que tem uma estrutura profissional incrível”, explica, revelando porque não se considera um invasor. “São os anos a mais de carreira que fazem a diferença. As pessoas dizem-me: ‘Olha, você também está nesta invasão de portugueses na TV brasileira?’ Invasão, eu? Eu estive aqui, há anos atrás, fiz Xica da Silva, com o mestre Avancini. De lá para cá já me sinto brasileiro de verdade. A minha mãe é brasileira, tenho dupla nacionalidade e eu aqui sou contratado como ator brasileiro.

Ricardo Pereira é o senhor que se segue! Após seis anos a viver entre o Brasil e Portugal, fixou-se no Rio, juntamente com a mulher, Francisca Pinto Ribeiro. Com um contrato de quatro anos assinado com a Rede Globo, Ricardo vive uma fase de estabilidade no país. “Estou muito feliz por voltar definitivamente. A Globo possibilita-me trabalhar e conviver com pessoas talentosas”, disse na altura. Do seu currículo no Brasil constam varias novelas, como Pé na Jaca, Prova de Amor, Como Uma Onda, Aquele Beijo, Negócio da China e Insensato Coração. Apesar de também ter trabalhado com a Record, foi na Globo que fez a maioria dos seus trabalhos. A justificação é simples e quem a dá é Gonçalo Diniz. Para ele, essa é grande diferença: “Quem está na Globo e quem não está. Não tive a sorte de estar no elenco da SIC num momento de intercâmbio. Vim de outra forma trabalhar para o Brasil. Porém, digo que me sinto muito orgulhoso de ser o único português da Record e de estar no ‘patamar da busca’. A minha concorrência são os atores brasileiros, centenas deles, que fazem testes e que procuram uma vaga. Fiz o teste e fui chamado para fazer um português, como poderia ser para fazer um brasileiro, como já fiz muitas vezes no teatro”, afirma.

O “caçula” do grupo é Paulo Rocha. Após a primeira experiência no Brasil, o ator conseguiu um contrato com a Globo e está igualmente de pedra e cal, após o sucesso em Fina Estampa. Perfeitamente integrado, o ator encontra-se já a gravar o remake da novela Guerra dos Sexos, da Globo, escrita por Sílvio de Abreu: “Nos próximos anos vocês vão ter que ver o ‘portuga’”, disse, satisfeito, em entrevista a um jornal brasileiro. “A minha prioridade é o Brasil. Quero procurar o meu espaço e estabilizar-me aqui. Nestes dois anos, a minha prioridade é ficar por cá”, reforçou ao site Gente, destacando a importância da namorada, Juliana Pereira da Silva: “Foi um conjunto de fatores. O meu envolvimento com ela deu-me tranquilidade para aceitar o desafio de ficar. Ela é extraordinária e muito especial, e ficar sozinho seria mais difícil. Mas, obviamente, foi o convite da Globo, muito simpático e interessante, que me fez ficar. O apoio da Lília (Cabral) e da sua família também foi decisivo”, explicou, rematando com a dificuldade que teve em mudar de vida: “Não é uma escolha fácil, aos 35 anos, deixar uma coisa construída de 12, 15 anos para trás e abraçar um projeto novo. Tive muita sorte. As coisas convergiram para que esse conjunto de fatores se fizesse para que eu me sentisse bem aqui.

Texto: Carla Simone Costa, Márcio Gomes e Mônica Soares; Fotos: Impala, Vitor Campos e D.R.

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