Vanessa Palma
“Desdobro-me em mil”

Um ano depois de ser mãe, Vanessa Palma apresenta Matilde, em exclusivo à VIP, e fala da experiência que mudou a sua vida. Ao lado de Bruno Szymanski, de 36 anos, a manequim e hospedeira, de 29, revela que a sua prioridade é não deixar de ser mulher. Por isso, continua a namorar com o comissário de bordo.

VIP – Como é ser mãe?
Vanessa Palma – Está a correr muito bem, embora seja muito cansativo. Adoro ser mãe, tenho muito orgulho, mas sempre tive a ideia que não queria deixar de ser mulher. Também tenho muito orgulho em ser mulher e ser namorada e, portanto, desde que ela nasceu desdobro-me em mil para fazer tudo.

O regresso ao trabalho foi fácil?
Sim. Fiquei quatro meses de licença de maternidade e mais um mês de férias enquanto o Bruno tirou a licença de paternidade. Sinceramente soube-me muito bem o regresso ao trabalho, já tinha saudades. E depois o meu primeiro trabalho de manequim foi cinco meses depois, em lingerie. Tinha passado muito pouco tempo sobre o parto e só me lembro de perguntar ao cliente se tinha a certeza. Fiz questão de tirar umas fotografias caseiras, de lingerie, porque queria que vissem exatamente como estava naquele momento. Fiquei cheia de medo de ouvir um não, mas também não queria vender algo que já não existia e quando ouvi o sim, fiquei muito contente.

Faz bem ao ego, portanto?
Sim e acho que também é bom para uma marca de lingerie as clientes perceberem que as peças podem ser usadas por pessoas perfeitamente normais, que já foram mães.

Como se saiu o Bruno durante licença?
Muito bem. Ficou sozinho com ela. Disse-me para eu tirar uns dias de férias e fui ao Morro de São Paulo com uma amiga. Foi difícil separar-me da Matilde, mas acho que foi ótimo poder descansar antes de regressar ao trabalho. Sobretudo, eu sabia que ela estava bem.

Que tipo de bebé é?
É traquinas, marota, tem um sorriso muito especial. Se quer mexer na segunda gaveta e dizemos que não, vai deixar de mexer, mas passados um ou dois dias vai lá voltar. Depois, quando é apanhada em flagrante, ri-se e sabe dar-nos a volta. Percebe perfeitamente o que tem de fazer para deixar a mãe feliz ou o pai. Comigo gosta de brincar com ganchos para cabelo e com o pai sobe para cima da prancha de surf dele, vai buscar ferramentas, acho muito engraçado.

Tentam voar juntos?
Nós sempre preferimos voar separados. O que fazemos é que, uma vez por mês, voamos juntos, para conseguir ter umas folgas no destino.

Têm conseguido manter esses momentos?
Sim, aliás foi sempre uma prioridade. Temos três períodos de férias e decidimos que um deles será para passarmos férias em família, outro para passarmos férias a dois e outro para estarmos com os nossos amigos. A Matilde é tudo para mim, mas temos de manter os nosso momentos.

E foi sempre assim?
Sim, no início foi o Bruno que defendeu isso e fazia-me impressão, mas agora entendo perfeitamente. É muito bom ser mãe em abril, mulher em agosto e amiga e companheira em novembro. 

Ainda conseguem namorar?
Sim. Na primeira viagem tivemos a sensação de ter recomeçado a namorar. Sentimos que estávamos diferentes, mas soube muito bem.

E agora, só falta o casamento, ou não está nos planos?
Não está nos planos, mas também não estava nos planos há cinco anos ter a Matilde. Eu sou mais a favor, para o Bruno não faz grande sentido. Uma coisa que posso dizer à partida é que nunca será um casamento de princesa, na igreja. Mais facilmente seria umas férias a dois, na praia…

Não tem ambições fora da sua área de trabalho?
Abri há dois meses um espaço que preenche um desejo meu. Em Portugal os pais não têm um espaço onde possam deixar os filhos se quiserem ir jantar fora ou sair. Desenvolvi um espaço aberto 24 horas, O Cantinho da Puca, em Oeiras, onde os pais podem deixar os filhos com pessoas com formação, num espaço lúdico criado à medida das crianças. 

Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Bruno Peres; Produção: Pedro Crispim; Assistente de produção: Mia Relógio; Maquilhagem e Cabelos: Sandra Almeida e Le Salon

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