Cláudio Ramos
CLÁUDIO RAMOS gosta da ribalta

Famosos

Não se preocupa com os rumores que correm sobre si
O fim do programa ‘Fátima’ trouxe o que há muito esperava: férias! Mas antes de passar 15 dias na praia com a filha Leonor, Cláudio Ramos anda em
promoção de ‘Abraça-me’

Qui, 16/07/2009 - 23:00

O fim do programa Fátima trouxe o que há muito esperava: férias! Mas antes de passar 15 dias na praia com a filha LEONOR, CLÁUDIO RAMOS anda em promoção de ‘Abraça-me’. “Não tenho dúvida que é o meu melhor livro”, afiança.

VIP – Há quem diga que ‘Abraça-me’ é o seu livro mais maduro…
Cláudio Ramos – São um bocado exagerados (risos). Talvez falem em maturidade porque há um evoluir de sentimentos. Ainda que seja ficção, nota-se que foi escrito quando me separei, quando passei pelo divórcio, quando vim para Lisboa, o crescimento da Leonor, o trabalho. Isso é reflectido no livro, porque o personagem, o Afonso, cresce ao mesmo tempo que cresce o Cláudio Ramos.

Está apaixonadíssimo pelo livro…
Completamente! Não tenho dúvidas que é o meu melhor livro. Não mudava nada.

Apesar de ser ficcionado, não acha que vai ficar muito exposto?
Acho! Mas o que tem de realidade pode ser minha ou de alguém que conheça, porque fui absorver várias coisas.

Mas existe um Cláudio no livro que, por sinal, é um chato!
Pois existe e é realmente um chato, um convencido, aquele é o Cláudio que a maioria das pessoas conhece. O personagem real está lá como secundário.

Ele acaba como missionário em Moçambique. Conseguia?
Não me imagino com amor suficiente para dar a muita gente de forma despegada. Não consigo.

Já está numa posição mais confortável?
Nunca é confortável! Dediquei metade da minha vida à profissão, mas há outras 43 “Abraça-me é o meu melhor livro. Não mudava nada”, garante o autor coisas muito boas: tenho de ver a minha filha crescer, vê-la sorrir, estar nas festas de aniversário dela, apanhar bebedeiras com os amigos, brincar… até porque qualquer das coisas nos pode faltar.

No livro, a relação do Afonso com o pai é inexistente. É a sua realidade?
É, mas não daquela forma. Quando as pessoas não se dão, física e emocionalmente, não há que forçar. Acho que os laços de sangue não têm de ser forçados. O meu pai separou-se da minha mãe, mas são até hoje amigos, é um brilhante pai dos meus irmãos. Quando tornei públicas as dificuldades por que passei foi para que entendessem que nada me caiu do céu. Se há coisa que me irrita é que achem que sou um menino queque, porque não é verdade. Trabalhei bastante para ter o que tenho.

O ‘Fátima’ terminou. Tem projectos?
Estou há cinco anos no ar, portanto vou ter as férias que nunca tive. Para já estou a fazer promoção ao livro, depois quero ir para fora uma semana sossegado e quero estar com a minha filha, pela primeira vez na vida, 15 dias na praia. A televisão é a minha paixão, a minha vida, mas não estou nesta altura obcecado por aparecer no ecrã. Preciso de descansar a minha imagem, as pessoas precisam de descansar de mim. E depois, lá para finais de Agosto, início de Setembro, começo a pensar no meu regresso.

Já se pode dar ao luxo de dizer “não”?
Não, nem acho bonito, nem profissional dizer “não” a um director de programas que me chama para propor um trabalho. Se o faz é porque tenho capacidades.

Que balanço faz da sua carreira?
Cheguei a Lisboa em 1999… acho que valeu a pena. Aproveitei sempre todas as oportunidades que me foram dadas e com elas ganhei notoriedade, que sempre quis, dinheiro, que me faz muita falta, e a certeza de um respeito profissional.

Não tem preconceitos em assumir que sempre quis notoriedade…
Nada. Sempre quis! Gosto de dar entrevistas e gosto de ser conhecido, mas pelo meu trabalho. Sei perfeitamente que as pessoas não querem só saber do meu trabalho, querem saber da minha vida pessoal, da minha filha, da minha vaidade, da minha roupa, para onde vou de férias… tento dosear isso tudo.

Pegando novamente no livro, neste caso no título, quem abraçava?
A minha filha, eu (risos). Não sou muito de afectos. Se falamos de paixão, sou passional… sou Escorpião. Agora, afectos é só com a minha filha.

O Pedro Crispim é um amigo incontornável na sua vida, mas têm sido alvo de algum falatório. Esse é o lado mau de se querer ser conhecido?
É a factura que tenho que pagar pela exposição, pelas minhas atitudes e maneira de ser e de estar. Por tudo isto foi-me posto um rótulo e eu aceitei, nunca reclamei ou briguei com ninguém, pensem o que quiserem. O que me interessa é que a minha filha não tenha nunca vergonha do pai nem das coisas que os jornalistas escrevem sobre mim. O Pedro é meu amigo, como é, por exemplo, o Daniel Nascimento … deixo de dormir por causa disso? Não!

Gostava que a Leonor seguisse o seu trabalho?
Não, nunca. Não gostava nada que a minha filha enveredasse por este meio, nem gostasse de fama ou de revistas… mas não sei se não me engano (risos).

Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Marco António; Maquilhagem e cabelos: Tita Costa com produtos Maybelinne; Agradecimentos: Converse All Star (Grupo GCI) – Tel.: 213 102 384; BBC – Tel.: 213 624 232

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