Sara Esteves Cardoso E João Campos
“Casar é a junção de duas almas”

Famosos

Com o casamento marcado para o verão, contam à VIP o que significa este passo nas suas vidas

Sex, 13/02/2015 - 0:00

Juntos desde 2012, Sara Esteves Cardoso e o músico João Campos vão oficializar a relação ou, como os próprios dizem, vão “celebrar o amor”. O pedido chegou a 21 de janeiro, dia do 34.º aniversário da relações-públicas, e a boda está marcada para o próximo mês de junho. Mais feliz e apaixonado do que nunca, o casal fala abertamente do seu amor e da vida a três com o filho, Vicente, de um ano e quatro meses.
 
VIP – Como foi o pedido de casamento?
João Campos – Foi muito espontâneo, mas eu já andava a pensar nisto há mais de um ano. Só que, entretanto, fomos ficando muito absorvidos com o Vicente, que era muito bebé, e eu perdi ali oportunidades. Depois, o tempo foi passando e fiquei sempre à espera daquele dia… Nós todos imaginamos um dia especial. E acabou por ser uma coisa simples, mas foi especial. Na festa de aniversário da Sara, eu estava a tocar ao vivo, cantei-lhe uma música e, ao microfone, decidi pedi-la em casamento e a Sara aceitou, o que foi ótimo (risos).
 
Não se sentiram constrangidos por estarem rodeados de pessoas?
Sara Esteves Cardoso – Não! O nosso amor é um amor partilhado.
JC – Estarem lá os amigos foi ótimo porque a Sara acabou por aproveitar logo e convidar alguns para padrinhos e madrinhas e toda a gente ficou feliz e acabou por se festejar as duas ocasiões.
 
E o que lhe passou pela cabeça quando ouviu o pedido, Sara?
SEC – Nada. Toda a nossa história é muito espontânea e muito simples, as coisas tornam-se simples com o João. Portanto, não me passou um turbilhão de coisas pela cabeça. Consegui estar ali naquele momento, serena. Eu já não o ouvia tocar há algum tempo e tinha bastantes saudades. Estava com as minhas pessoas e não estava nada à espera. Quando ele me pediu, claro que fiquei muito surpreendida, mas foi natural.
 
Já tinham falado algumas vezes em casar…
SEC – Eu acho que é um passo normal quando duas pessoas veem o casamento como nós o vemos. Não o vemos como uma instituição, vemos como uma celebração do nosso amor e o nosso amor é tão grande, que até já gerou uma vida. Para nós, casar faz todo o sentido. E vejo as coisas num campo, se calhar, mais espiritual. Acho que casar é a junção de duas almas.
JC – Eu, sinceramente, nunca tinha pensado nisso mesmo a sério, mas é como as pessoas dizem: quando é a altura, nós sentimos essa vontade. Não preciso da bênção de nenhuma entidade, seja ela terrena ou divina, preciso é que nós queiramos estar juntos.
 
Marcaram o casamento para junho. Vão ter tempo de preparar tudo?
JC – Estamos a tentar.
SEC – Vai ser um casamento à nossa imagem.
 
Já têm ideias definidas?
SEC – Ainda não podemos divulgar nada (risos).
JC – Mas vai ser descontraído, não vai ser muito formal. Ou no campo, ou na praia…
SEC – Sim, vai ser intimista e leve.
 
Casar era um sonho de menina?
SEC – Acho que sim, nem que seja pelo vestido, mas também porque encontrei a pessoa certa. 
 
E o vestido, vai ser o dos seus sonhos?
SEC – O vestido está a ser tratado, mas há uma linha de que gosto muito e depois vocês irão ver.
O vosso filho, Vicente, estar presente vai aumentar ainda mais o significado do dia?
SEC – Ele vai estar connosco o tempo todo. Só faz sentido assim, nós fazemos tudo juntos.
 
Que papel é que ele vai desempenhar? Apesar de ser muito pequenino…
SEC – Ainda não sei se ele vem comigo e com o meu pai e depois ficará connosco. Porque nós somos esta tríade, portanto, só faz sentido ele estar do nosso lado.
 
Um ano e quatro meses depois de se terem iniciado como pais, qual é o balanço? O que mais mudou na vossa vida, no vosso amor?
SEC – Eu acho que uma pessoa se torna maior, porque quer sempre dar o melhor exemplo ao seu filho. Há um amor gigante que eu achava que não existia, que não tinha a capacidade de sentir…
 
Essa capacidade só se tem depois de ter um filho?
SEC – Só se tem depois de ter o João e o Vicente. Não há a diferença. É lindo acordar e vê-los aos dois. 
JC – É, sem dúvida, um acontecimento avassalador. Dá-nos uma certa sensação de pertença. Mais do que pertencermos um ao outro, é uma pertença completa, é pertencer ao Mundo. De repente, temos descendência. Ele vai crescer e nós vamos assistir a uma data de coisas! É giro, obriga-nos a ver o Mundo de uma forma diferente. 
 
O tempo a dois é difícil de encontrar?
JC – Como diz a minha mãe, “onde eu estou, estão os meus filhos”. Nós adaptamo-nos a esta nova forma de viver e as crianças adaptam-se à nossa também. E vamos arranjando “esquemas”. Se quisermos ir namorar, ele fica com as avós, não é assim tão difícil. É cansativo, isso é, mas tem sido muito compensador.
 
Como caracterizam a vossa relação? Em que bases é que ela se assenta?
SEC – No amor…
JC – A Sara aceita-me exatamente como eu sou e eu aceito-a exatamente como ela é. Até gostamos das coisas que não gostamos um no outro! Isto pode parecer um pouco piroso, mas não é essa a ideia… A questão é que eu não gostava mais da Sara se ela tivesse outros defeitos ou outras qualidades. É aquilo. Gosto dela como ela é. Então, acho que esta verdade é a nossa base. E depois damo-nos muito bem, nós gostamos um do outro e as pessoas, às vezes, não dão o devido valor a este verbo. Gostar da pessoa que se ama é essencial. Porque gostar é gostar daquelas coisas mínimas do dia-a-dia, as coisas aparentemente menos importantes. Como diz o Carlos Tê, “não se ama alguém que não ouve a mesma canção”.
SEC – Porque amar não chega, não é? Nós somos seres unos, cada um de nós tem as suas manias, mas as minhas manias têm de aceitar as manias dele, e vice-versa, para podermos conviver e isso é simples connosco. Funciona.
JC – Funcionamos muito bem juntos. Funcionar bem e cuidar bem um do outro é gigante.
 
São um casal romântico?
SEC – Temos todos os dias momentos românticos. Eu sou muito romântica e ele também, e acho que todos os dias temos gestos de carinho. 
 
Costumam fazer surpresas um ao outro?
JC – É muito difícil fazermos surpresas um ao outro, porque nos conhecemos muito bem e estamos muito tempo juntos. Mas temos muitos momentos de romance, nem que seja estarmos com uma manta à frente da lareira, encostarmo-nos um ao outro, bebermos um copo de vinho, conversarmos um pouco… Procuramos sempre cuidar da nossa relação o mais possível. 
 
No Dia dos Namorados, que está quase a chegar, fazem programas especiais?
SEC – O Dia dos Namorados, para nós, é todos os dias (risos). Não é o 14 de fevereiro. Todos os dias, cuidamos um do outro. Acho que é isso que faz sentido.
JC – Essas datas servem para as pessoas não se esquecerem de namorar e de celebrar um certo tipo de coisas que se podem descurar com a azáfama do dia-a-dia e com a monotonia. Felizmente, nós não sofremos desse mal. 
 
Pensam aumentar a família?
SEC – Vamos começar a tentar o segundo rebento daqui a um aninho, quando o Vicente for mais independente. Porque nós já percebemos que fazemos bebés grandes e os bebés grandes desgastam muito fisicamente. Na gravidez, eu engordei 15 quilos e já perdi 32 ou 33. 
 
Mas ter mais filhos é um forte desejo?
SEC – Eu quero muito dar ao Vicente uma irmã ou um irmão. Eu gosto de famílias grandes, gosto de cozinhar para muita gente, gosto de ter os meus à minha volta. É o meu lado alentejano (risos). E ele merece companhia. Eu tenho irmãs, portanto, desde que nasci que sei o que é partilhar e acho que as crianças se tornam melhores pessoas quando aprendem a partilhar desde cedo. 
 
Texto: Laura Ribeiro Santos; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Nucha; Cabelo e maquilhagem: Vanda Pimentel com Produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel

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