Boieng
Bem-vindo a bordo de um voo cheio de alegria!

Famosos

Elenco explica à VIP o que faz desta peça um sucesso

Qui, 09/04/2015 - 23:00

Com o mundo da aviação na ordem do dia, este é um voo que não deixa ninguém ficar mal. Nem triste. Elsa Galvão, Luís Esparteiro, Melânia Gomes, João Didelet, Sofia Ribeiro e Bárbara Norton de Matos – que substitui Patrícia Tavares nesta reposição – encarregam­-se disso mesmo e guiam sempre este Boeing, Boeing a porto seguro. Pela terceira vez, a peça está em cena em Lisboa. Desta vez, no Teatro Villaret. A VIP esteve à conversa com o elenco e descobriu que o que faz o sucesso do texto é a cumplicidade entre os atores.
 
VIP – Como é que está a ser esta “viagem”?
Luís Esparteiro – Está a ser ótima, como seria de esperar.
Elsa Galvão – Melhor era difícil: esta “viagem” está a ser um grande prazer e um enorme sucesso.
Melânia Gomes – Muito mais longa do que eu alguma vez imaginei! Está a ser ótimo! É um sucesso inegável. Sinto-me muito feliz por fazer parte dele. É um orgulho ter salas cheias e reações tão boas do público, em qualquer parte do País! Sentir a sala a encher-se de gargalhadas e aplausos é tudo para mim.
Bárbara Norton de Matos – Está a ser maravilhoso! Estou a gostar muito de fazer esta peça.
João Didelet – Esta “viagem” tem corrido sempre muito bem. Levantamos voo sempre cheios de alegria. No ar, as únicas turbulências são as gargalhadas e aterramos sempre em cumplicidade com os nossos espetadores.
Sofia Ribeiro – Sinto-me numa viagem ao paraíso, a todos os níveis. Não podia estar a correr melhor. Tem sido um sucesso, salas esgotadas por todos os sítios onde temos passado.
 
Como é o ambiente entre vocês?
LE – É muito bom, o que só beneficia o espetáculo.
EG – É ótimo, estamos sempre divertidos, é um ambiente descontraído e cheio de bons momentos.
SR – Damo-nos todos muito bem desde o primeiro minuto. Somos um grupo de trabalho muito unido e generoso. Dá gosto trabalhar assim e sem dúvida que isso passa para quem vê o espetáculo. Gostamos, de facto, do que estamos a fazer e da companhia uns dos outros. 
JD – O ambiente é fantástico, divertimo-nos uns com os outros em palco.
MG – E fora! Em digressão, então, é melhor ainda! Quero voltar para a Madeira já!
A Bárbara é o elemento novo nesta reposição. Gosta do que encontrou? 
BNM – Está a ser ótimo. Fui muito bem recebida por todos.
 
Imagino que as gargalhadas devem ser uma constante. É fácil não rir quando se faz um trabalho destes?
LE – Numa comédia, é de esperar que o público ria, não os atores. No entanto, divertimo-nos muito a fazer esta peça.
SR – Mas, por vezes, não é fácil, sobretudo quando existe tanta cumplicidade entre todos. Ainda que concentrados, já aconteceu a todos não conseguir conter a vontade de rir por causa de uma ou outra situação, ou momento engraçado. Mas penso que isso também faz parte e o imprevisto é desafiante . 
EG – Pois, lá está, rimos bastante entre nós, mas embora o Boeing, Boeing tenha momentos hilariantes, o facto é que um ator rir em cena não é, de modo algum, o objetivo.
JD – Sim, é fácil não rir. Isso não quer dizer que, pontualmente, não possa acontecer. Mas, acima de tudo, quem tem de rir são os espetadores.
BNM – Mas é muito difícil não rir. Ainda por cima tenho a maior parte das cenas com a Elsa e com o João e às vezes não me aguento. Mas respiro fundo e continuo. É um verdadeiro desafio.
MG – Fora de cena estou sempre a rir, claro, mas em cena sou muito concentrada. É preciso muito para eu me desmanchar em palco.
 
Andaram em digressão pelo País e pelas ilhas. Nestas ocasiões é fácil entre vocês, quando vão jantar, não falar de trabalho?
LE – Falar de trabalho é normal e não é cansativo.
EG – E é inevitável falar do que estamos a fazer e, neste caso, do Boeing, Boeing. Mas falamos de tudo um pouco.
JD – Sim, falamos um pouco de tudo e não só de trabalho.
MG – Às vezes falamos, outras vezes não, depende. Mas o ambiente é quase sempre maravilhoso, leve e descontraído. Desde que eu possa treinar e a Sofia tenha comida está tudo bem (risos).
SR – (Risos) Acabamos sempre por falar de trabalho, mas falamos de tudo um pouco. 
BNM – Eu comecei agora no Villaret, por isso, ainda não fiz digressão, mas sei que vamos fazer no verão. Tenho a certeza de que vai ser ótimo porque o ambiente é muito bom . 
 
Depois de tantas reposições, qual é a maior dificuldade?
LE – Felizmente, não há grandes dificuldades.
MG – A frescura, a verdade, a novidade a cada palavra. Não deixar a rotina instalar-se. Esse é o desafio do teatro. Embora todas as noites digamos as mesmas palavras, elas tem de soar sempre a novo. Reações orgânicas, não mecânicas!
JD – É uma boa pergunta, mas, neste caso, não sinto nenhuma dificuldade, dada a frescura que este trabalho tem. É sempre um prazer subir ao palco.
SR – No nosso caso, ainda não a sentimos e espero que não venha a acontecer. Mas, naturalmente, a possibilidade da falta de público seria a maior dificuldade.
EG – Não sinto que tenhamos tido dificuldades com as reposições, tudo correu tão bem. Até as substituições que tivemos de fazer foram momentos refrescantes e animados.
É o caso da Bárbara Norton de Matos que, nesta estreia, substituí a Patrícia Tavares.
BNM – Sim, para mim a maior dificuldade foi entrar nesta peça quando todos já estão há um ano a fazê-la e substituir a Patrícia – que fez lindamente o papel de alemã. É uma responsabilidade grande.
 
Em cena há quase um ano, recordem-nos um momento divertido, ou mais stressante com que se tenham deparado.
LE – Momentos divertidos são quase todos; e o stress também faz parte deste trabalho.
EG – O Boeing, Boeing já me deu tantos momentos bons e divertidos… Cada espetáculo tem uma energia única e excitante. Nada de stresses, estou muito feliz com este trabalho.
MG – Para mim, o episódio mais divertido de sempre foi o episódio da Madeira, quando a Patrícia Tavares faz a cena toda do banho com o chapéu de hospedeira na cabeça. Ia morrendo! Acho que nunca chorei tanto a rir na vida, felizmente não estava em cena. Não sei como é que eles aguentaram e ela continuou depois do ataque de riso que ambas tivemos nos bastidores… Vou-me lembrar disto para sempre.
SR – Também me lembro desse! Foi hilariante! Contado não tem nem metade da graça… A personagem da Patrícia vai tomar banho e vem enrolada numa toalha, mas esqueceu-se de tirar o chapéu e quando a vimos de toalha com o chapéu na cabeça… Só vendo! 
JD – Eu recordo este: quase no fim da peça, eu tenho de falar a um telefone fixo dos antigos e aconteceu que, ao deixar cair o ocultador, este separa-se do fio. Como tinha de continuar o telefonema, fiz a conversa que tinha de fazer e rematei com a frase: “… E assim nasceram os telemóveis!”
 
Leia a entrevista completa na edição número 925 da VIP 
 
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Luís Baltazar

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