José Carlos Malato
“Até agora vivi ao deus dará”

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Otimista, o apresentador mudou de vida depois do enfarte

Qua, 22/01/2014 - 0:00

Eu vim do mundo dos mortos”, graceja José Carlos Malato, deixando implícito o susto que apanhou quando, em novembro passado, foi submetido a uma cirurgia de urgência ao coração. “Eu, que sou hipocondríaco, nunca imaginei que fosse enfarte, pensei que fosse dores de costas, embora agora, olhando para trás, isso faça sentido… depois, foi a constatação de que tinha sido uma coisa muito séria.” Só teve noção da gravidade da situação, recorda, pela cara dos médicos.

Dois meses volvidos, e dias depois de regressar ao trabalho, o apresentador, que vai fazer 50 anos em março, admite que várias coisas mudaram na sua vida, até porque o historial familiar não permite facilitar. “Tenho uma forte carga genética, o meu pai sofreu um enfarte, o meu avô morreu de enfarte, os homens da família têm este problema e as mulheres são vítimas de cancro. Portanto, não tenho um futuro animador. Até agora vivi ao Deus dará, sem pensar muito nas consequências, e agora tenho que pagar essa fatura.”

Agora, tudo mudou. “Faço exercício físico três dias por semana, deixei de fumar completamente, a única coisa que ainda não consegui foi voltar a emagrecer, porque, às vezes, tenho mais fome. Portanto, vou ter de mudar de hábitos. Senão, sou um tipo absolutamente saudável”, diz.
Malato, que regressou ao Portugal no Coração no dia 6 de janeiro, foi embaixador do quinto peditório nacional de pilhas e baterias a favor do Instituto Português de Oncologia, que permitiu à Ecopilhas a recolha de mais de quatro milhões de pilhas usadas e doar dois equipamentos de vídeo endoscopia portátil ao IPO. “O facto de ser uma campanha para o IPO é decisivo porque passei cá alguns anos da minha vida. Com a minha tia vinha cá quase todos os dias. É uma doença cruelmente democrática, isso motiva as pessoas a ajudar”, diz o apresentador, cuja mãe passou também por um cancro recentemente. “Agora, os meus pais e a minha irmã estão sempre a controlar-me. Isso é bom porque me sinto muito acarinhado, mas é também um bocadinho voltar a ser criança”, remata.

Texto: Elizabete Agostinho; Foto: Paula Alveno   

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