Cael Pascoal
Apresenta o filho, Zion

Famosos

A manequim angolana esteve em Portugal e revelou pormenores da
experiência da maternidade

Qui, 30/05/2013 - 23:00

Filha da conselheira do Presidente de Angola e do administrador da Assembleia Nacional, Cael Pascoal, 28 anos, é uma das manequins mais requisitadas em Angola. Com uma carreira extensa, que até já passou pela televisão, a modelo fez agora uma paragem na vida profissional para se dedicar às maravilhas da maternidade.

Zion Gianni, de quatro meses, é fruto da relação com Pedro Latas, um português empresário da noite em L uanda. Conheça esta mãe e mulher que pretende ter uma carreira também em Portugal.

VIP – Quem é a Cael Pascoal?
Cael Pascoal – Nasci em Luanda e aos 11, 12 anos fui para a África do Sul. Tirei o meu curso de manequim em I tália. Em Portugal ainda não trabalhei. Nunca pude ausentar-me muito tempo da minha casa na África do Sul. Eu cuidava da minha irmã mais nova e, portanto, se precisasse de viajar, nunca podia ausentar-me por muito tempo. Logo, não consegui expandir a minha carreira como queria. Pelo que percebi, os seus pais têm profissões muito absorventes e importantes. A minha mãe é militar e agora, que está na reforma, é conselheira do Presidente; o meu pai é administrador do Palácio dos Congressos.

Como é que foi ter uma infância com pais assim?
Eu sou filha da velhice… quando nasci já a minha mãe tinha 40 anos, ainda trabalhava e, por isso, eu cresci com os meus irmãos – somos nove. Mas ela nunca nos fez sentir a ausência dela, sempre tive a educação que ela deu aos mais velhos. A minha mãe sempre conseguiu conciliar a carreira com a família.

E como é crescer numa família tão grande?
É muito divertido, muita confusão. Somos todos muito diferentes, mas muito unidos. Sei que podia ser mais amiga da minha mãe, se estivéssemos estado mais próximas.

Já é mãe. Sonha ter uma família grande?
Acho que não vou ter nove filhos, mas três ou quatro, acho que sim. O pai só tem um irmão e ele quer ter uma casa cheia.

O menino tem quatro meses. Que balanço faz da maternidade?
Está a ser bom. É o meu primeiro, portanto, para mim está a ser tudo novo e muito divertido. Tenho uma família que me apoia, a minha sogra está sempre aqui. Tem sido fácil, eu já tinha cuidado da minha irmã mais nova e dos meus sobrinhos, por isso, já estava habituada.

Sentia-se preparada para ser mãe?
Não… Eu nunca tinha pensado em ficar grávida. Mas aconteceu, foi uma surpresa. Não foi fácil, porque eu estou habituada a trabalhar com o corpo e chorei muito ao ver a barriga a crescer. Tinha 56 quilos e fiquei com 90. Foi complicado.

Mas voltou à forma rapidamente…
Depois de 18 dias já estava com 67 quilos. Ainda não fui ao ginásio, acho que já voltei aos 50 quilos, mas ainda não quero subir para cima de uma balança.

O pai do Zion é um português que conheceu em Luanda, certo?
O meu namorado é um empresário em Angola. Era manager de um restaurante onde um dia fui jantar. Conhecemo-nos e demo-nos bem. Da parte dele foi amor à primeira vista. Eu não estava à espera de muita coisa porque nem vivia em Luanda e não queria uma relação de longa distância. Mas as coisas aconteceram e, ao fim de cinco meses, apresentei-o à minha família e ficámos noivos.

Ele teve de pedir a sua mão seguindo uma tradição, certo?
Sim. O pedido é o famoso alambamento. Teve de escrever uma carta, dirigida ao meu pai e à minha família, a dizer quais eram as suas intenções para comigo, dobrar a carta e pô-la num lenço branco com alfinetes dourados, com dinheiro lá dentro – que é o dote – e entregá-la ao meu pai. Depois de o meu pai mostrar a carta à família, e de a família aceitar o noivado, ele tem de responder à carta do noivo e dar uma lista de coisas que ele tem de trazer. Neste caso, o meu pai pediu um fato completo, incluindo roupa interior, para ele e para a minha mãe, pediu bebidas, cigarros, fósforos… Correu tudo bem.

Ainda não casaram?
Não, o casamento, se tudo correr bem, vai acontecer em dezembro. Queremos fazer dois casamentos. Um cá, pela Igreja; outro no Mussulo. Ele trabalha em Luanda e a Cael está em Lisboa.

Como matam as saudades?
Eu mando-lhe fotos nossas todos os dias e todos os dias falamos ao telefone e ele chora de saudades. Ele quis mais este filho do que eu.

A educação do vosso filho vai ser europeia ou africana?
Vai ser mista. Por exemplo, nós vamos fazer a circuncisão e a educação dele vai ser toda negociada. Mas, seja como for, a educação vai ser sempre a melhor possível.

É compatível ser mãe com a profissão de modelo que ambiciona?
Eu sou formada em Advocacia e não pratico porque gosto mais de moda. Para tudo se dá um jeito. Se algumas modelos conceituadas conseguem, eu também consigo.

Esta visita a Portugal serviu para apresentar o bebé à família do pai, mas também tem como objetivo encetar contactos a nível profissional?
Sim, tirei um curso de styling com o Pedro Crispim, aprendi muito com esta experiência e fiz novos contactos e amizades.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Nucha; Cabelo e Maquilhagem: Ana Coelho com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel

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