Joana Câncio
“Aprendemos a amar de uma forma que desconhecíamos”

Famosos

O nascimento de Constança, agora com três anos, mudou a vida da atriz

Ter, 31/03/2015 - 23:00

Quando olha para Constança, Joana Câncio reconhece na filha, como características suas, a expressividade, a tagarelice e, ainda, a vontade de viver e aprender. A atriz, de 29 anos, assume que ser mãe mudou a sua vida e que aprendeu a amar de uma forma que desconhecia. Joana Câncio confessa ainda que ser mãe mudou a forma como encara os relacionamentos, pois, além de amar, é importante que mãe e filha sejam amadas e respeitadas. Quanto à carreira, a atriz, que se deu a conhecer em Morangos com Açúcar e que não tem um plano B para além da representação, gostava de fazer uma personagem muda e deseja fazer cinema.

VIP – Foi mãe há três anos. O que mudou na sua vida?
Joana Câncio – Tudo! (risos) É uma mudança muito grande na nossa vida. Podemos, até, manter os mesmos hábitos sociais e organizar a nossa vida de forma a “encaixar” um filho, mas, emocionalmente, tudo se transforma. Vamos buscar paciência onde não imaginávamos que existisse, descobrimos que somos capazes de lidar com situações difíceis e aprendemos a amar de uma forma que desconhecíamos. É uma grande oportunidade para nos transformarmos como pessoas e para ajudar um novo ser a desenvolver- se de uma forma saudável e humana.

mulher, o que passou a ser diferente?
A minha gestão diária alterou-se e, principalmente, as minhas capacidades aumentaram. Emocionalmente, tornei-me mais disponível, mas houve uma parte de mim que durante os primeiros tempos ficou em stand-by: a mulher. É difícil gerir tudo, mas, ao fim de um tempo,
aprendemos onde e quando podemos ser o quê sem deixarmos de ser nós próprios.

Apesar da viagem ainda ser “curta”, está a ser a mãe que idealizava a partir do momento em que soube que ia ser mãe?
Não! De todo! Em algumas áreas, achava que não iria ser tão capaz, nomeadamente, na gestão do tempo e das atividades de qualidade para fazer ela, como ir ao teatro, brincar na praia, cinema, etc. Noutras áreas, pensava ser capaz de me gerir melhor, principalmente nas birras e nos “quereres” tão vincados que estes pequenos de hoje em dia têm. Tive dificuldade em encontrar um compromisso entre o amor e a firmeza, mas li muito e pesquisei muito. Aprendi que não estou sozinha neste caminho e que existe um ponto equilibrado entre a autoridade e a passividade. Todos os dias me empenho para ser uma mãe melhor, mais amorosa e mais firme.

Qual é a parte mais complicada de educar um filho?
Gerir as nossas emoções e as deles, sem dúvida! Disseram-me uma vez que nós somos pais há tanto tempo quanto eles são nossos filhos, pelo que também estamos a aprender. Aceitar que temos dúvidas e que também somos vulneráveis abre um espaço de confiança na relação pai ou mãe e filho.

Quando olha para a Constança, o que reconhece
imediatamente como sendo seu?
A expressividade! A tagarelice e a vontade de viver e aprender (risos).

Apesar de pequena, a sua filha já tem a noção de que não tem uma mãe igual às outras?
Sim, pergunta-me se o meu dia na televisão foi bom (risos). Gosta de ir aos eventos e de
me ver na televisão. Não tem noção de que existe este mundo, mas sabe que, de alguma forma, também faz parte dele.

Leia a entrevista completa na edição número 924.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Bruno Peres 

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