José Maria Tallon
“A Ana tem tudo o que eu precisava”

Famosos

Qui, 16/05/2013 - 23:00

 Já ambos foram casados, por isso o namoro de sete meses está a ser vivido de forma muito calma por José Maria Tallon, 52 anos, e Ana Rego, 40. Em comum têm a paixão pela medicina, facto que os aproximou. Ele, médico nutricionista, fez a atual namorada perder 20 quilos, desde que a começou a acompanhar há cerca de 20 anos; ela, médica dentista, tratou-lhe da dentição, a ele e aos filhos. A partir daí, e como tinham amigos em comum, começaram a sair. Mas foi por uma brincadeira de Carminho, a filha mais velha do espanhol, que o amor nasceu. Conheça a história.

VIP – Como conheceu a Ana Rego?
José Maria Tallon – Ela era a minha médica dentista e eu era o médico dela. Ela emagrecia comigo e eu tratava os dentes com ela.

Já havia uma parceria de sucesso entre vocês, então?
JMT – Claro, estava tudo previsto. Eu tenho uma relação má na vida com duas coisas: com aviões e com dentistas.
Ana Rego – A primeira vez que ele entrou no meu gabinete percebi que estava cheio de medo e eu não sabia bem como é que lhe ia dar a volta, para o convencer a fazer o tratamento.

Há quanto tempo se conhecem?
JMT – Conhecemo-nos há anos, talvez há uns 20. Ela começou por ser apenas mais uma paciente, mas depois, como tínhamos amigos em comum, acabámos por ter algum contacto e eu ganhei confiança e perguntei se ela não me queria tratar dos dentes. Ela aceitou e foi-me tratando da boca, até não haver mais dentes para tratar. Tratou devagarinho até que acabámos por ir jantar e ficámos à conversa mais tempo e as coisas aconteceram…

Quem é que deu o primeiro passo nos convites para jantar?
JMT – Foi a minha filha, Carminho. Ela preparou um jantar a três, porque também é paciente da Ana, e, quando íamos jantar, o telefone dela toca casualmente e ela diz que tem de ir embora, porque se tinha esquecido que tinha combinado sair com um amigo, e pediu à Ana para me dar boleia para casa depois. Antes de conseguirmos responder-lhe, ela foi embora com o carro.

Então o vosso cupido foi a Carminho?
JMT – Sim. Quando voltei do jantar, os meus filhos estavam todos na sala à espera para saber como tinha corrido. Tudo porque eu já tinha elogiado a Ana, cá em casa.
É ótimo ter filhos atentos. Sabe que isto significa que eles querem que o pai seja feliz?
JMT – Querem, não tenho dúvidas.

O que é que o encantou na Ana?
JMT – Não sei… Acho que me fui deixando encantar progressivamente. O facto de a ter conhecido antes como amiga fez com que tivéssemos sido os dois mais verdadeiros. Como não estava previsto nenhuma relação pudemos ser mais extrovertidos, mais abertos. Assim, fui descobrindo a personalidade da Ana. A pouco e pouco eu fui arranjando desculpas para a ver, para a convidar para jantar, para estar com ela.

Como é que a Ana é?
JMT – É adulta, é madura… Eu não sou bom para definir, mas há realmente um conjunto de coisas que fazem com que eu goste dela. Não sei por que a amo; só sei que a amo! Ela é um conjunto de coisas que são tudo o que eu sentia que me fazia falta, nesta altura da vida.

Acaba por ser uma relação muito diferente da que teve com a Sofia?
JMT – Sim, mas eu penso que as relações são todas muito diferentes e cada uma tem um papel. Não me arrependo de nenhuma relação que tive. Guardo boas lembranças de todas elas. Mantenho uma boa relação com todas as pessoas que compartilharam vida comigo. Nesta altura, eu precisava de uma estabilidade diferente e encontrei-a na Ana.

Porquê?
JMT – Por ela ser como é: por ter mais anos que a minha anterior mulher, por ter um percurso profissional onde teve de lutar muito para chegar onde está hoje.

Está a ser a época mais feliz das vossas vidas?
JMT – Para mim, está a ser uma época muito feliz e equilibrada.
Ana Rego – É uma das fases mais estáveis da minha vida.

O facto de a Ana também ser médica acaba por ser uma mais-valia?
JMT – Sim, porque temos um tipo de conversas comum, podemos planificar os congressos, tudo isso são motivos que nos fazem estar juntos.

Não é assustador uma relação em que os dois, por terem a mesma profissão, têm a possibilidade de falar de trabalho?
JMT – Conseguimos não falar de trabalho se assim o quisermos. Mas dentro da medicina há, de facto, assuntos em comum que nos interessam. São conversas que não são propriamente de trabalho, mas que são pontos que nos aproximam. Eu digo, por brincadeira, que vou mandar alguns dos meus piores pacientes para a Ana para que ela lhes cole os dentes, para não comerem e emagrecerem (risos). Mas, normalmente, tentamos não falar de trabalho.

Já moram juntos?
JMT – Não, mas estamos 99 por cento dos dias juntos.
Mas será o próximo passo a dar?
JMT – Nunca falámos disso, mas com a percentagem de noites que vamos ficando juntos, acho que é uma coisa que vai acontecer naturalmente.

Já percebi que os seus filhos acolheram bem a Ana. Foi fácil fazer parte de uma família tão numerosa?
AR – Sim, foi fácil.
JMT – É uma relação a sete. Quem gosta da rotina numa relação? Aqui, não há rotina! Eu sou muito positivo e a Ana também. Nós não vemos problemas, vemos soluções.

O que é que têm mais em comum?
JMT – Eu prefiro pensar que são as coisas que nos complementam que fazem a relação. Por exemplo, a Ana é muito mais organizada que eu, eu sou um completo desastre. Nós buscamos o equilíbrio.

Foi uma surpresa perceberem que estavam apaixonados?
JMT – A vida é uma surpresa. Nós fomos deixando andar.

Com agendas profissionais tão preenchidas é fácil serem românticos?
AR – Ele é muito romântico, esforça-se por me conquistar. Depois, fazemos muitos programas, gostamos de experimentar restaurantes novos, gostamos de viajar.
JMT – Eu acho que as relações, são como o fogo, ou se alimentam ou se apagam. Eu sou naturalmente romântico. Ela também. Gostamos da mesma música, melosa… Júlio Iglésias e tal.

Estamos a viver um período de contenção. O negócio das dietas sente a crise?
JMT – A crise está mais para as coisas caras como comprar casa, carro, para tudo aquilo que tenha a ver com crédito bancário. Para as consultas, não. Pode ter havido um decréscimo, mas não é significativo. Penso que as pessoas, quando as coisas correm mal, procuram uma forma de se sentirem bem e isso passa por gostarem do que veem ao espelho. Até porque é cada vez maior a importância da imagem.

Cá em casa conseguem ter uma alimentação saudável?
JMT – Dia sim, dia não. Temos uma alimentação equilibrada, o que não quer dizer que não façamos uns petiscos de vez em quando. Ainda por cima, a Ana é muito boa cozinheira e gosta de cozinhar.

Ai é? Qual é o prato que faz melhor?
JMT – Ela faz tantos…! Mas há uma carne com mostarda que é uma coisa excecional.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Romão Correia; Maquilhagem: Vanda PImentel com produtos Maybelline e L' Oréal Professionnel

Siga a Revista VIP no Instagram