Pedro Ramos E Ramos E Susana Lacerda Nobre
Amigos abrem negócio com tachos

Famosos

O decorador e a sua amiga enfrentam a crise com a uma empresa de catering que garante comida caseira

Qui, 03/01/2013 - 0:00

 Susana e Raminhos é o nome do novo projeto profissional de Pedro Ramos e Ramos e Susana Lacerda Nobre. Os dois amigos resolveram criar esta empresa de catering onde os dois são simultaneamente cozinheiros e estafetas. O conceito é oferecer comida caseira a preços acessíveis a quem não gosta de cozinhar, a quem não tem tempo para o fazer, ou apenas a quem quer ter um experiência gastronómica diferente. Um desafio que os diverte e que ambos acreditam poder ser o ideal para ultrapassar esta altura de crise.

VIP – Abriram uma empresa de catering onde são vocês que asseguram as refeições. Como surgiu a ideia?
Pedro Ramos e Ramos – Nós temos um grupo de amigos e costumamos fazer jantares em que cada um leva uma coisa.
Susana Lacerda Nobre – Cada pessoa leva um prato. Eu cozinho por obrigação todos os dias lá em casa, tenho duas filhas e há 17 anos que estou casada, portanto há esse tempo que faço as refeições todos os dias. O Pedro gosta e tem jeito para cozinhar.
PRR – No início olhavam com desconfiança para a minha comida. Uma vez levei uns cogumelos recheados com farinheira e a Susana não comeu. Ficou meio desconfiada.

Uma coisa é cozinhar por lazer; outra em trabalho. Como decidiram abrir este negócio?
SLN – Nós damo-nos lindamente e estávamos a pensar ter um projeto juntos, então se gostamos de cozinhar porque não fazer comida para fora?
PRR – Nós somos amigos, mas às vezes ser amigos e ter uma relação profissional não corre bem. Mas nós tínhamos trabalhado juntos na SIC, numa rubrica do Querida Júlia, e vimos que funcionávamos muito bem juntos. Isso serviu como referência.
SLN – Ainda por cima trabalhávamos no stress do direto e chegávamos sempre a acordo. Temos empatia a trabalhar.

São amigos há muito tempo?
PRR – Somos amigos há alguns anos.

Como é que se conheceram?
PRR – Foi através de amigos em comum, num evento qualquer. Lembro-me que achei que não batias bem da cabeça (risos).
SLN – Ainda bem que pensaste isso, para mim é um elogio. Mas olha que não me lembro nada da primeira vez que nos vimos. Mas tínhamos amigos em comum e a amizade foi crescendo de forma natural.

Quais são as características que faz com que se deem bem?
PRR – A Susana é muito bem-disposta. Nunca a vi aborrecida, nunca nos chateámos.
SLN – Nós compreendemo-nos e ouvimo-nos. Nós discutimos as coisas e chegamos à mesma conclusão .
PRR – Tem a ver com bom senso, acho.

Quem desafiou quem para este negócio?
SLN – Por acaso foi o Pedrito.
PRR – Achei que só podia fazer este trabalho ao lado de alguém com quem me desse bem. É um trabalho cansativo e solidário e assim acaba por ser divertido.

Não tiveram medo de apostar num negócio apesar da época de crise?
PRR – Claro, mas é preciso ter espírito de iniciativa.
SLN – É verdade, abrir uma empresa nesta altura assusta, mas este não é um negócio que implique grande investimento. À partida está a começar a correr bem, mas que se correr mal também não vai dar grande prejuízo.

Qual foi o investimento necessário para a abertura de Susana e Raminhos?
PRR – Cozinhamos em casa e somos nós que vamos entregar a casa. A não ser que as entregas sejam muito longe.

O que é que as pessoas podem encontrar no vosso menu?
PRR – A ideia é fazer comida caseira, com qualidade e a preços reduzidos. Fica a uma média de seis euros por pessoa.
SLN – Abdicamos de uma margem de lucro para ver se nos aguentamos ou não.

Quais são as especialidades gastronómicas um do outro?
SLN – Eu faço muito bem pratos de bacalhau.
PRR – Eu faço um bolo de maçã com canela, maravilhoso.
SLN – E faz muito bem entradas. Ele cozinha melhor do que eu. É mais requintado, mais gourmet.

Sendo cozinha tradicional, a quem foram roubar as receitas?
SLN – As receitas são das nossas mães, das nossas avós, da minha sogra. Ainda temos pouca coisa. Temos dois pratos de carne, dois de peixe, doce de ovos, um doce seco e mousse. Depois temos entradas. É tudo muito simples, porque nem sequer temos a pretensão de sermos chefes.

Qual é o objetivo para 2013?
PRR – Gostávamos que o negócio crescesse e de conseguirmos passar a vender refeições unitárias.
Agora tem de ser uma dose mínima para cinco pessoas.
SLN – Sim e conseguirmos unir a parte da decoração do Pedro com a cozinha. Ir a casa das pessoas fazer jantares temáticos. Depois a nível pessoal peço apenas saúde, porque sem isso acabou.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Paulo César; Produção: Pedro Ramos e Ramos Comunicação

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