Alergias
Aprenda a viver com elas

Saúde e Beleza

Nos dias que correm, as alergias são cada vez mais comuns, nomeadamente a asma e a rinite alérgica, doenças sem cura, mas que podem ser atenuadas…

Seg, 07/11/2016 - 16:50

As alergias respiratórias, geralmente, tratam-se de doenças hereditárias, transmitidas de pais para filhos, relacionadas com o sistema imunológico da pessoa. De facto, se um dos progenitores for alérgico, a hipótese de o filho também o ser é de 20 por cento; caso os dois progenitores o sejam, as hipóteses sobem para 80 por cento. Além disso, são igualmente importantes factores como a região e o ambiente onde a pessoa vive.

 

Entre as alergias mais frequentes encontramos a asma e a rinite alérgica. Enquanto esta última é decorrente da sensibilidade exagerada da mucosa nasal, a primeira é crónica e provoca falta de ar, chiado, tosse e cansaço. A asma afecta perto de 150 milhões de pessoas no Mundo. Em Portugal, estima-se em mais de 600 mil as que sofrem desta doença, sendo que a mesma tem maior prevalência na população infantil e juvenil.

 

As principais causas são a exposição prolongada aos ácaros do pó doméstico (presente, principalmente, em colchões, almofadas e carpetes), animais com pêlo, penas de pássaros, cheiros fortes, inseticidas, locais com fumo e alguns fármacos, como o ácido acetilsalicílico. Para o reconhecimento da asma é necessário ter em conta as suas diferentes manifestações:

– Na leve, os sintomas são discretos e esporádicos. Não há sintomas entre as crises, não prejudica o sono e não atrapalha a actividade física;

– Na moderada, os sintomas são significativos, nomeadamente ao nível de cansaço, chiado e tosse, prejudicam o sono e atrapalham as actividades diárias, como o trabalho;

– Na forte, os sintomas são intensos e diários. O sono é muito prejudicado, manifestando-se desgaste na vida profissional e nas actividades físicas.

 

Prevenção e tratamento

Para se poder diagnosticar convenientemente esta doença, é fundamental avaliar primeiro a sua evolução, no que toca à frequência e à duração das crises, ao número de idas às urgências, aos internamentos e aos tratamentos efectuados. Para além disso, existem exames auxiliares, que compreendem a radiografia pulmonar, os chamados marcadores de alergia (Ig E total e específicas e testes cutâneos) e o estudo funcional respiratório.

 

A nível de tratamento, são fundamentais medidas de controlo ambiental contra a poeira e os ácaros. Quanto a fármacos, revelam-se muito importantes os medicamentos profiláticos, no sentido de evitar o desencadear das crises. No entanto, quando estas surgem, é necessário o uso de um broncodilatador, o qual combate o espasmo brônquico das vias respiratórias.

 

Outra alternativa é a imunoterapia (vacinação), que consiste na administração de doses crescentes do alergénio ao qual o indivíduo é sensível, induzindo o chamado estado de tolerância clínica.

 

A rinite

Espirros em sucessão e nariz a escorrer, obstruído e com comichão são alguns dos sintomas da rinite. Tal como a asma, o pó, os cheiros fortes e o fumo do cigarro são agentes de propagação desta inflamação, a qual atinge uma em cada sete pessoas. Existem vários tipos de rinite, sendo a mais comum a alérgica, especialmente nas grandes cidades, onde o ambiente é mais poluído. Para além desta, há a causada por pólenes, conhecida como febre-dos-fenos, que ocorre apenas em determinadas épocas do ano, quando existe a polinização das plantas.

 

Tal como a asma, esta inflamação não tem cura; no entanto, os seus sintomas podem diminuir, se for tratada de forma correcta. A prevenção é sempre a melhor solução, razão porque existem certos cuidados que são considerados básicos para quem sofra com esta constante irritação respiratória. Por isso, evite a poeira doméstica e areje o mais possível a sua casa.

 

As outras alergias

Não é só a nível respiratório que somos afectadas por alergias. Em termos alimentares, o nosso sistema imunitário também pode sofrer reacções anormais na pele e nos sistemas digestivo e respiratório. Os alimentos alergénicos mais comuns são maçãs, tomates, leite, ovos, peixe e galinha, sendo, por isso, necessário retirá-los da dieta alimentar.

 

Por fim, existem ainda as alergias dermatológicas, causadas por alimentos ou medicamentos. Estas manifestam-se por eczemas ou dermatites atópicas, caracterizando-se por inflamações na pele.

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